Critérios diagnósticos

Nos dias 22 e 23 de outubro de 2002, na cidade de São Francisco, Califórnia, aconteceu um painel, promovido pela sociedade de radiologistas em ultrassonografia.
E qual foi o objetivo deste painel? Ocorria na época, frequentemente, a inconsistência entre os resultados dentro de um mesmo laboratório. E altas discrepâncias entre laboratórios diferentes. Devido ao uso de critérios variados de estenose carotídea. O que gerava laudos extremamente divergentes. Portanto o objetivo do consenso foi estabelecer os principais elementos diagnósticos da estenose carotídea.

Esta é a tabela criada no consenso de radiologia e que mostra os parâmetros primários e os adicionais da estenose carotídea, especificamente da carótida interna, e de origem aterosclerótica.

Os exames devem ser sempre realizados em modo B, color e analise espectral e por laboratórios e pessoas qualificadas.
A análise espectral deve ser realizada sempre com ângulo de 60 graus ou menos. Houve discussão se ângulo deveria ser fixado em 60°, mas a conclusão foi que  novos estudos deveriam ser realizados para elucidar melhor esta questão.
E este elemento é tão relevante que é máquina indica se a angulação está correta. A cor dos números da angulação muda, geralmente, para vermelho quando se está utilizando um ângulo acima de 60 graus.
Um elemento importante da classificação das estenoses é a utilização de estratificações. 
Por quê?
O Doppler não é capaz de diagnosticar uma porcentagem fixa de estenose, como por exemplo 60%. Então deve-se utilizar estratificações entre 50 e 69% ao invés de dizermos simplesmente 60%. Um fato que apoia essa decisão é que o doppler não identifica mudanças menores ou iguais a 10% de estenose.
Voltando um passo atrás nós sabemos que quanto maior a estenose, maior redução do lúmen, e maior a velocidade do fluxo sanguíneo pelo estreitamento. E isto sim faz sentido, mas com estenoses próximas de 99% e com estenoses longas a velocidade do fluxo sanguíneo nesta região de estreitamento do lúmen pode ter velocidades normais ou baixas. Portanto, deve-se utilizar o Collor Doppler ou Power doppler para demonstrar o fluxo sanguíneo na estenose.


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