Como utilizar as diferenças anatômicas e de localização para diferenciar as carótidas interna (CI) e externa (CE)? Qual a importância da forma como acontece a bifurcação carotídea? Como utilizar o bulbo para diferenciar os ramos interno e externo? Quais são as diferenças espectrais entres a CI e CE?

Nós podemos ter dois tipos de bifurcação da carótida comum em Ramos interno e externo.
A primeira delas sendo laterolateral, ou seja, o ramo interno e externo se localiza na mesma profundidade mas separados ou distanciados em um plano lateral.

A segunda forma de bifurcação é a anteroposterior, ou seja, um ramo estará localizado superiormente e um outro ramo localizado mais profundamente. E como dissemos geralmente a carótida interna está localizada ou mais lateralmente ou mais profundamente.

Precisa ficar bastante claro as diferenças espectrais da carótida interna e externa.
A carótida interna nos mostra uma alta velocidade diastólica final e um alto volume de fluxo durante a diástole. Nós discutimos muita a respeito deste volume de fluxo previamente, mas o alto volume fica evidente quando nós percebemos uma redução mais discreta da velocidade no decorrer da diástole.
Falando da carótida externa. Nós sabemos que as medidas de velocidade diastólica final e volume de fluxo diastólico são mensurações relativas entre a carótida interna e externa. Portanto se a carótida interna possui velocidade diastólica final alta e alto volume de fluxo sanguíneo durante a diástole, a carótida externa apresenta o contrário disto, ou seja, uma velocidade diastólica final baixa e um baixo volume de fluxo sanguíneo durante a diástole.

Nós devemos ter em mente que o diâmetro da carótida interna é maior pela presença do bulbo.   esta região dilatada que é o bulbo faz com que a resistência vascular da periférica seja reduzida E com isso aumentando muito o fluxo sanguíneo para o cérebro
O color doppler nos auxilia em mais uma forma de diferenciar os 2 vasos. Naturalmente a artéria carótida interna não possui Ramos. É a carótida externa apresenta vários ramos. E isto acontece porque ela é responsável por irrigar diversas estruturas da face.
O que é bastante importante na prática é que nós percebemos facilmente as ramificações da carótida externa somente quando o Color doppler está ligado, os ramos são dificilmente visualizados somente com a utilização do modo B.
Falando em ramificações arteriais vocês acham que a carótida interna pode ter ramos? Como variação anatômica sim, mas isto será abordado em outra aula.

Notem que os dois vasos se preenchem com o color mas este preenchimento é diferente entre eles.
               Obviamente, ambos estão em vermelho, mas a persistência do vermelho ao longo do tempo, assim como o brilho, representado pelo ganho da cor amarela, serem maiores para CI do que para CE.  Na externa nós temos um pouco de vermelho e associadamente a presença da cor preta por alguns milésimos de segundo.
               E por que ocorre essa diferença? Porque na ACI as velocidades são mais altas na diástole, inclusive com VDF mais alta o que faz com tenhamos mais brilho, e maior persistência da cor vermelha. O que difere da CE que chega a não colorizar por alguns momentos por ter velocidades mais baixas. Portanto, fica muito claro qual é a carótida interna e externa.

Notem que se trata de uma bifurcação carotídea originando a carótida interna e externa. Mas olhando com mais atenção para o preenchimento do Collor vejam que existe uma região azul no início da bifurcação e que esta cor se projeta para dentro de um dos vasos. E é exatamente onde temos a cor azul que nós encontramos a artéria carótida interna.
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