

Aqui apresento as fases sistólica e diastólica do fluxo da artéria carótida comum. Em azul você pode observar a fase sistólica, enquanto em amarelo você encontrará a fase diastólica. Aninhado entre eles está o que chamamos de nó dicrótico, marcando o fechamento da válvula aórtica. Este nó representa o vale mais profundo ao longo do ciclo cardíaco.
Neste preciso momento em que a válvula aórtica se fecha, normalmente obsrvamos o fluxo reverso durante a fase diastólica no fluxo trifásico. Porém, esse fenômeno não ocorre no fluxo carotídeo e vertebral. A ausência deste fluxo reverso no território cerebral é crucial porque qualquer fluxo reverso poderia levar a uma perda temporária do fluxo sanguíneo cerebral, mesmo que apenas por milissegundos.
É importante notar que o fluxo sistólico é resultado da contração miocárdica, enquanto o fluxo diastólico surge da contração das paredes dos vasos que se expandiram durante a sístole. O músculo nas paredes dos vasos é inerentemente mais fraco, o que explica porque não observamos um pico de velocidade diastólica igual ao pico sistólico.







Primeiro, vamos falar sobre o formato do pico de velocidade sistólica. Na artéria carótida externa, possui base estreita, bastante diferente da base mais larga observada na artéria carótida interna. A alta resistência ao fluxo sanguíneo faz com que a velocidade diminua rapidamente durante a fase sistólica, tornando a base do pico de velocidade mais estreita. Você pode ver essa diferença na imagem fornecida para comparação.
Outro marcador de alta resistência é a presença de um ombro distinto e separado da fase sistólica. Isso cria um vale dicrótico bem definido.
Além disso, há um menor volume de fluxo sanguíneo durante o período diastólico. Isso se deve principalmente a uma velocidade diastólica final mais baixa e a uma diminuição mais significativa da velocidade ao longo do período diastólico.